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Advertência
Flores sem Fruto ...
Das poesias líricas do autor de Camões e de Dona Branca, o público
Enquanto fui poeta afrontei-me que mo chamassem;
hoje tenho pena e saudade de o não poder já ser...
Oh meu amparo, oh doce glória minha,
Tu com quem me achei sempre,...
I
Oh, que suave foi este momento,...
I
Doce esperança, nume benfazejo,
Vem enxugar-me as lágrimas saudosas,...
Quando ávida contemple a formosura,
Tão breve é meu prazer que foge com ela...
Vem, Átis, coroar de infantes rosas
Essa frente engraçada, – o as tranças móveis ...
De gosto cantara Atridas,
E a Cadmo erguera louvor
Porém as cordas da lira ...
De loto e de murtas
Num leito virente,
Bebendo contente, ...
Ao touro deu córneas pontas
A próvida natureza,
Deu à lebre a ligeireza ...
A rosa a amor consagrada
A Lieu associemos:
Com as folhas da linda rosa ...
De onde vieste,
amável pombinha,
Gentil avezinha ...
Quem atrevido quer lutar cem Píndaro,
Fia-se em asas que pegou com cera
A arte dedálea – e há de ir dar seu nome ...
Júpiter chove, pelo céu se enturva
Fremente o ar:
Túrgidas crescem as torrentes grossas...
Eu coroarei de mirto a minha espada,
Como a de Harmódio, honrada,
E como a de Aristogíton, o forte,...
Manda a mãe dos amores,
Da tebana Sêmele ordena e filho,
E a lasciva licença,...
I
Árida em torno a mim a natureza
Só descalvadas penedias broncas....
Vai-te, ano velho, vai-te, e nunca volvas
Dos séculos no giro;
Sumido sejas tu nas profundezas....
I
Sobre um rochedo
Que o mar batia ....
Qual tronco despido
De folha e de flores,
Dos ventos batido ....
I
Solidão, eu te saúdo! silêncio dos bosques, salve!
A ti venho, ó natureza; abre-me o teu seio...
Quem, se uma vez pôs os olhos
Naquela face tão bela ...
Pelas vagas azuis do largo oceano
Com as pandas asas ao galerno vento...
I
Deus, que ouviste o juramento
Do teu Povo lusitano ...
No álbum de um amigo
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Nos vales do desterro são colhidas
Estas singelas, desmaiadas flores ...
Não creio nesse rigor
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Não creio nesse rigor
Que nos olhos se desmonte ...
A esta frente desbotada
De angústias e dissabores ...
Linda flor que nos jardins
Força de arte cultivou, ...
I
No pais doce de Cabra! nascida.
Afeita àquela eterna primavera ...
I
Não, não creio nos teus olhos:
– Se eu já sei o que eles mentem! ...
Suspiro que nasce de alma,
Que à flor dos lábios morreu ...
I
No chão a hástia da lança está cravada;
E a luzente armadura ...
Há uma estrela no céu
Que ninguém vê senão eu ...
Canta, e com a ponta de asa preguiçosa
Varro a onda serena! ...
Como está segura a torre
No meio d''água! não vês? ...
Tirou das asas a pena
E lavrou aqui Amor ...
Andei pelo prado vagando, vagando
Em busca da flor ...
Eu queria apanhar uma rosa
Do um rosa! que já tive no céu ...
Vai o talento e a amizade
Nas folhas brancas pintando ...
Eu tinha umas asas brancas,
Asas que um Anjo me deu ...
Este é e hino derradeiro
Que, no fim do seu caminho ...
Por teus olhos negros, negros,
Trago eu negro o coração ...
Que hei de eu dizer à amável estrangeira
Que lhe fique em memória ...
I
Eu caminhava só e sem destino
No deserto da vida ...
I
Junto à ribeira do Tejo
Há um vale escuso e quieto ...
I
O César disse do alto do seu trono:
Pereça a liberdade! ...
Tu morreste por nós na cruz da afronta,
E o sangue derradeiro
Derramaste do alto do madeiro...