A uma viajante

Que hei de eu dizer à amável estrangeira
Que lhe fique em memória
Desta terra onde viça a laranjeira
Com a doce flor do amor
Junto ao louro da glória?
Eu cantei como canta no verdor
Do bosque o rouxinol,
Sem saber o que faz – ledo com a aurora,
E triste ao pôr do Sol...
Deixei de ser poeta como o fora,
Não sei porquê, – sei que e não sou já agora.